Numa visão Espírita

Textos baseados no Estudo do livro Gênesis de Moisés transmitido no portal SER com Haroldo Dutra Dias. Com a utilização dos resumos postados no Grupo de Estudos de Gênesis no Facebook. Qualquer erro gramatical, textual, morfossintático, ortográfico, etc é de responsabilidade exclusiva da administração do Blog.




terça-feira, 6 de outubro de 2015

Soberanas Leis

No livro Jesus e o Evangelho à luz da psicologia profunda, Joanna de Ângelis inicia o capítulo I, que tem como título Soberanas Leis comentando o Capítulo I , item 3 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, ela começa citando o Evangelho de Mateus, capítulo V, versículo 17:  "Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas..." e em seguida começa o seu texto dizendo: 

"A Lei natural, que vige em todo o Universo, é a de Amor, que se exterioriza de Deus mediante a Sua criação. 
O Cosmo equilibra-se em parâmetros de harmonia inalterada, porque procede de uma Casualidade inteligente que tudo estabeleceu em equilíbrio.
Essa ordem espontânea é sempre a mesma em toda parte, expressando-se como modelo para a conquista integral de todas as coisas, particularmente do Eu profundo, que dorme em latência nos seres aguardando os fatores propiciatórios à sua manifestação."

Devemos perceber no trecho acima que a Lei é a mesma em todo o Universo, como temos visto em nossos estudos de Gênesis de Moisés, e essa Lei é a lei de Amor que sai de Deus e se exterioriza na Sua Criação. Como vimos no nosso estudo a irradiação do Amor de Deus que nos atinge a todos pois estamos mergulhados nesse Amor ou, como nós espíritas dizemos, no fluido cósmico.

Em seguida Joanna nos fala da sombra dominante  no princípio. E acrescenta:

"Inconscientes da sua realidade imortal, o ser é atraído para a Grande Luz libertadora, experimentando os embates internos que o desalojam da concha vigorosa onde se encarcera, facultando-lhe os primeiros vôos do discernimento e da razão com promessas de plenitude.
Como efeito inevitável, a inspiração superior vem trabalhando em nome dessa Lei, para que o Espírito modele as asas para a ascensão, através de disciplinas morais e socais, mediante as quais aprende a dominar os impulsos e racionalizá-lo, para que no futuro consiga introjetar o sentimento profundo do amor e, mergulhado conscientemente na Lei Natural, consiga utilizar-se da intuição ou comunicação direta com o Pensamento Universal espaiado em toda parte, ascendendo aos planos da felicidade que almeja."

 O termo "como efeito inevitável" nos faz ver que é inevitável o encontro com Deus, com a Sua Luz, não temos como fugir da compreensão da Sua presença em nossas vidas. Essa compreensão acontecerá mais cedo ou mais tarde na vida de todas as pessoas e o parágrafo nos mostra  que necessitamos estar  mergulhados conscientemente na Lei Natural. Aqui vemos a ideia de fluido cósmico "o mar" em que estamos mergulhados e  que, o pensamento de Deus se encontra presente neste "mar" e quando estivermos mergulhados nele de forma consciente poderemos ou  passaremos a  utilizar da intuição ou comunicação direta com o Pensamento Universal, com o  pensamento de Deus que esta em toda parte, só assim alcançaremos a felicidade que buscamos.


"Moisés houvera estabelecido por inspiração e observação os códigos essenciais ao processo de liberação da sombra e elaborou o Decálogo conduzindo o Psiquismo Divino, tornando-o indestrutível, paradigma para todas as demais leis, por conter em essência o fundamento do respeito a Deus, à vida, aos seres em geral e a si mesmo em particular."
Em seguida Joanna de Ângelis fala, como foi visto na citação acima, de Moisés e de que ele  elaborou Os Dez Mandamentos.  E que estes mandamentos  contém na sua essência o fundamento do respeito a Deus, à vida, aos seres em geral e a si mesmo em particular.
Após muitas citações relativas a época, em que fala das leis vigentes e do surgimento dos primeiros códigos morais e legais. Joanna começa a falar do papel de Jesus, dizendo:

"Jesus, o Homem excelente, chegou à Terra e defrontou a ignorância em predomínio trazendo a mensagem de amor que jamais fora apresentada antes na formulação de que Ele se fazia portador."

Explica como o amor era visto àquela época principalmente nos homem, fala das barbaridades do período, e após alguns comentários históricos  diz:

"Esse barbarismo conceptual encontrava a sua extravagante inspiração na Bíblia, interpretada de forma conveniente e dominadora em desserviço das admiráveis imagens que revestem o pensamento original e podem ser decodificadas pela moderna psicologia profunda, como também pela psicanálise, retirando os mitos nela existentes e configurando os arquétipos que prosseguem no inconsciente individual e coletivo de todas as criaturas humanas.
Jesus não foi o biótipo de legislador convencional. Ele não veio submeter a Humanidade nem submeter-se às Leis vigentes. Era portador de uma revolução que tem por base o amor na sua essencialidade mais excelente e sutil, e que adotado transforma os alicerces morais do indivíduo e da sociedade".
 Nesse parágrafo podemos ver claramente a ligação existente entre o texto  e os comentário de Haroldo quando diz que o Antigo Testamento foi "violentado" durante séculos, foi interpretado de modo equivocado e que por isso "precisa ser revisto, revisitado".

E Joanna continua dizendo que:
A superioridade moral e espiritual de Jesus entendeu a necessidade, não a primazia desse código perverso, e submeteu-se, pois Ele viera também para dar exemplo dos postulados que recomendava, considerando respeitáveis os profetas e os legisladores que as estabeleceram nos seus respectivos períodos. todavia Ele trazia uma nova versão da realidade, centrada no ser imortal, procedente do mundo espiritual e a ele volvendo, o que alterava a estrutura da justiça, que não mais deveria ser punitiva-destrutiva, mas educativa-reabilitadora. 
O ser humano erra por ignorância ou rebeldia,(...) sem conhecimento profundo do significado existencial, do valor de si mesmo.
(...)
O ensinamento de Jesus fundamenta-se na evolução do Self, iluminando a sombra e vencendo-a. 
(...)
Todo o objetivo da Boa Nova que Ele trouxe centra-se no futuro do Espírito, na sua emancipação total, na sua incessante busca de Deus.
Tornando-se o Caminho, a Sua é a Verdade que conduz à Vida, à plenitude, ao armazenamento de sabedoria e de amor. 
(...) No entanto diante da Consciência Cósmica, a escala de valores é feita mediante condutas essenciais, aquelas que são do ser em si mesmo responsável e assume as consequências dos seus hábitos perante a vida.
Todo o Seu verbo está exarado em linguagem programada para resistir aos tempos de evolução do pensamento e abrir espaços para as repercussões sociológicas e espirituais, éticas essenciais e morais seguras através dos diferentes períodos da Humanidade. 
Ocultando grandes verdades em símbolos compatíveis com a compreensão do momento, utilizou-se com sabedoria dos conteúdos dos hábitos diários para compor o mais admirável hino de louvor á vida de que se tem conhecimento.
Suas parábolas, argamassadas com o cimento das leis do cotidiano, são discursos para todos os períodos do desenvolvimento sócio-psicológico das criaturas. Não obstante, fez grande silêncio em torno de verdades mais transcendentes que poderiam ser desnaturadas por falta de amadurecimento evolutivo e psicológico dos Seus coevos, impossibilitados mesmo de registrar o pensamento, que sofreria, inevitavelmente, mutilações, adaptações, adulterações de acordo com os interesses vigentes em cada estágio da evolução.
(...) 
Na perspectiva, portanto, da psicologia profunda, a Lei de amor está inserta no ser legítimo, trabalhando-o sem cessar fato ao fatalismo da evolução nele predominante, ao tempo em que os conceitos de imortalidade, de comunicabilidade do Espíritos após a morte e de reencarnação pudessem receber o aval da ciência investigadora, abrindo novos horizontes para o amadurecimento psicológico, gerador da felicidade humana.
Por isso, o enunciado de Jesus: Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas, é de significado relevante e essencial, ensinando que, mesmo diante de leis injustas e imposições apaixonadas, o ser lúcido não deve criar embaraços ou temer as injunções negativas, porquanto, na sua liberdade interior, nada de fora consegue alcançá-lo realmente, exceto a sabedoria da Lei Natural inserta na sua consciência.

Com a análise destes parágrafos podemos perceber que Joanna nos mostra a ação do fluido cósmico e  nos diz que este atua em todo o Universo que nele está o Pensamento Divino, mostra a  importância da primeira revelação e diz que ela foi deturpada para que se pudesse manter os  interesses sociais  e políticos da época.  Fala também da missão de Jesus, do Seu papel como modelo e guia da Humanidade, o respeito  que Ele tinha a Moisés e aos profetas, a Sua dificuldade com as palavras ao propor Seus  ensinamentos em um período de infância  espiritual dos seres. 
Agora pergunto: E nós? Estamos compreendendo as lições que nos foram e estão ainda sendo oferecidas pelas revelações divinas? 
Achei que esse capítulo de Joanna de Ângelis tem haver com os estudos de Gênesis e com os comentários de Haroldo ... 

Texto baseado no estudo de Gênesis do Portal Ser e no   livro Jesus e o Evangelho à luz da psicologia profunda do espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, capitulo 1, que tem como título Soberanas Leis.

Clique aqui para ter acesso a todos artigos relacionados com o tema no blog.

Nenhum comentário:

Postar um comentário