283 - Com referência a Jesus, como interpretar o sentido das palavras de João: "E o Verbo se fez carne e habita entre nós, cheio de graça e verdade"?
- Antes de tudo, precisamos compreender que Jesus não foi um filósofo e nem poderá ser classificado entre os valores propriamente humanos, tendo-se em conta os valores divinos de sua hierarquia espiritual, na direção dos coletividades terrícolas.
Enviado de Deus, ele foi a representação do Pai junto do rebanho de filhos transviados do seu amor e da sua sabedoria, cuja tutela lhe foi confiada nas ordenações sagradas da vida no Infinito.
Diretor angélico do orbe, seu coração não desdenhou a permanência direta entre os tutelados míseros e ignorantes, dando ensejo às palavras do apóstolo, acima referidas.
Já na questão 288 do mesmo livro encontramos:
288- "Meu Pai e eu somos Um". _ Poderemos receber mais algum esclarecimento sobre essa afirmativa?
- A afirmativa evidenciava a sua perfeita identidade com Deus, na direção de todos os processos atinentes a marcha evolutiva do planeta terrestre.
E, na questão 312 encontramos: Como interpretar a afirmativa de João: "Três são os que fornecem testemunho no céu: o Pai, o Verbo e o Espírito Santo"?
- João referia-se ao Criador, a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e a legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias na organização terrestre, sob a misericórdia de Deus.
Como podemos ver nas questões acima expostas do livro O Consolador de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, Jesus é como temos estudado "o enviado de Deus", o ser mais perfeito que já esteve encarnado no planeta Terra, um dos Cristos do sistema solar e o responsável pelo orbe terrestre.
"... as línguas são formas de expressão, caminhando para expressão única da fraternidade e do amor, e os povos são os membros dispersos de uma grande família trabalhando para o esclarecimento definitivo de sua comunidade universal. Seus filhos mais eminentes, no plano dos valores espirituais, são agraciados pela Justiça Suprema, que legisla no Alto para todos os mundos do Universo, e podem visitar as outras pátrias siderais, regressando ao orbe, no esforço abençoado de missões regeneradoras dentro das igrejas e das academias terrenas.
Na tela mágica de nossos estudos, destacam-se missionários que o mundo muitas vezes crucificou na incompreensão das almas vulgares, mas, em tudo e sobre todos, irradia-se a luz desse fio de espiritualidade que diviniza a matéria, encadeando o trabalho das civilizações, e, mais acima, ofuscando o écran das nossas observações e dos nosso estudos, vemos a fonte de extraordinária luz, de onde parte o primeiro ponto geográfico desse fio de vida e de harmonia, que equilibra e satura toda a Terra numa apoteose de movimento e divinas claridades.
Nossos pobres olhos não podem divisar particularidades nesse deslumbramento, mas sabemos que o fio de luz e de vida está nas suas mãos. É Ele quem sustenta todos os elementos ativos e passivos da existência planetária . No seu corações augusto e misericordioso está o Verbo do princípio. Um sopro de sua vontade pode renovar todas as coisas, e um gesto seu pode transformar a fisionomia de todos os horizontes terrestres.
(...)
O determinismo do amor e do bem é a lei de todo o Universo e a alma humana emerge de todas as catástrofes em busca de uma vida melhor.
Só Jesus não passou, na caminhada dolorosa das raças, objetivando a dilacerações de todas as fronteiras para o amplexo universal. Ele é a Luz do princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a humanidade terrestre. Seu mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. Todas as coisas humanas passaram, todas as coisas humanas se modificaram. Ele, porém, é a Luz de todas as vidas terrestres, incansável ao tempo e à destruição.
(...) cumpre-nos voltar os olhos súplices para a infinita misericórdia do Senhor, implorando-lhe paz e amor para todos os corações.
E no primeiro capítulo deste livro Emmanuel já fala em Jesus como um dos membros da comunidade de Espíritos puros e eleitos por Deus, e que tem nas mãos as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.
E no último capítulo do livro que tem como título O Evangelho e o Futuro, Emmanuel nos diz: "Trabalhemos por Jesus, ainda que a nossa oficina esteja localizada no deserto das consciências.
Todos somos chamados ao grande labor e o nosso mais sublime dever é responder aos apelos do Escolhido.
Lembremos a misericórdia do Pai e façamos as nossas preces. a noite não tarda e, no bojo de suas sombras compactas, não nos esqueçamos de Jesus, cuja misericórdia infinita, como sempre será a claridade imortal da alvorada futura, feita de paz, de fraternidade e de redenção."
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