Numa visão Espírita

Textos baseados no Estudo do livro Gênesis de Moisés transmitido no portal SER com Haroldo Dutra Dias. Com a utilização dos resumos postados no Grupo de Estudos de Gênesis no Facebook. Qualquer erro gramatical, textual, morfossintático, ortográfico, etc é de responsabilidade exclusiva da administração do Blog.




quinta-feira, 31 de março de 2016

Façamos Nossa Luz - Emmanuel

Voltando ao tema da ‘luz do princípio’ já estudado anteriormente aqui no blog, (veja links abaixo) trago mais um texto de Emmanuel citado por Haroldo no estudo. Texto que serve como mais uma referência que nos possibilita confirmar a análise dessa luz não só como uma luz física, mas também, e principalmente, como uma luz espiritual.

O texto se encontra no livro Caminho, Verdade e Vida que transcrevo abaixo, marcando os trechos que mais se relacionam ao que estamos estudo agora: 


“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens.”   
Jesus
Mateus,5: 16



Ante a glória dos mundos evolvidos, das esferas sublimes que povoam o  Universo, o estreito campo em que nos agitamos, na Crosta Planetária, é limitado  círculo de ação. 
Se o problema, no entanto, fosse apenas o de espaço, nada teríamos  a lamentar. 
A  casa  pequena  e  humilde,  iluminada  de  Sol  e  alegria,  é  paraíso  de  felicidade. 
A angústia de nosso plano procede da sombra.  
A escuridão invade os caminhos em todas as direções. Trevas que nascem  da ignorância, da maldade, da insensatez, envolvendo povos, instituições e pessoas.  Nevoeiros que assaltam consciências, raciocínios e sentimentos.  

Em meio da grande noite, é necessário acendamos nossa luz. Sem isso é  impossível encontrar o caminho da libertação. Sem a irradiação brilhante de nosso  próprio ser, não poderemos ser vistos com facilidade pelos Mensageiros Divinos,  que ajudam em nome do Altíssimo, e nem auxiliaremos efetivamente a quem quer  que seja.  
É indispensável organizar o santuário interior e iluminá-lo, a fim de que as  trevas não nos dominem. É possível marchar, valendo-­nos de luzes alheias. Todavia, sem claridade  que nos seja própria, padeceremos constante ameaça de queda. Os proprietários das  lâmpadas acesas podem afastar-­se de nós, convocados pelos montes de elevação que  ainda não merecemos.  
Vale-­te, pois, dos luzeiros do caminho, aplica o pavio da boa ­vontade ao  óleo do serviço e da humildade e acende o teu archote para a jornada. Agradece ao  que te ilumina por uma hora, por alguns dias ou por muitos anos, mas não olvides  tua candeia, se não desejas resvalar nos precipícios da estrada longa!...  
O problema fundamental da redenção, meu amigo, não se resume a palavras  faladas ou escritas. É muito fácil pronunciar belos discursos e prestar excelentes  informações, guardando, embora, a cegueira nos próprios olhos.  
Nossa necessidade básica é de luz própria, de esclarecimento íntimo, de  auto­-educação, de conversão substancial do “eu” ao Reino de Deus.  
Podes falar maravilhosamente acerca da vida, argumentar com brilho sobre  a fé, ensinar os valores da crença, comer o pão da consolação, exaltar a paz, recolher  as flores do bem, aproveitar os frutos da generosidade alheia, conquistar a coroa  efêmera do louvor fácil, amontoar títulos diversos que te exornem a personalidade  em trânsito pelos vales do mundo...  
Tudo  isso,  em  verdade,  pode  fazer  o  espírito  que  se  demora,  indefinidamente, em certos ângulos da estrada.  
Todavia, avançar sem luz é impossível.

 Emmanuel, Chico Xavier; Livro Caminho Verdade e Vida, 180.


Vemos que o texto trata de uma luz espiritual que todos nós teremos que alcançar, e que só conseguiremos  quando seguirmos  o exemplo da ‘Grande Luz’ que aparece na história bíblica pela primeira vez em ‘Haja luz, e houve luz’, e essa luz representa a presença de Jesus, que colaborou com Deus na construção do nosso planeta. 


quarta-feira, 30 de março de 2016

Confiando

Haroldo termina o vídeo 17 com o texto de Emmanuel presente no livro Ceifa de Luz, este texto nos mostra a importância de confiarmos no Cristo e praticarmos os seus ensinamentos como se faz necessário.  Só assim se constrói a felicidade. Mas, que a fé nessas lições de Jesus só valem se forem usadas. Sendo assim, é imprescindível caminharmos na luz do Senhor. 



“...Tende fé em Deus.” 
 JESUS. 
Marcos, 11:22.

Tendo fé nas descobertas e nas observações conjugadas de físicos, astrônomos e matemáticos, o homem construiu o foguete com que explora vitoriosamente o espaço cósmico; tendo fé nas ondas eletromagnéticas, formou as bases da televisão que hoje transmite a palavra e a imagem a longas distâncias, simultaneamente, em todas as direções; tendo fé nos processos imunológicos, iniciados e desenvolvidos por ele mesmo, criou a vacina, liquidando o problema das moléstias contagiosas que, de tempos a tempos, dizimavam milhares de existências no mundo; tendo fé na escola, dividiu-a em setores múltiplos e estabeleceu cursos específicos, de modo a servir às criaturas, da infância à madureza, afastando a Humanidade dos prejuízos da insipiência e do flagelo da ignorância; tendo no motor, inventou o automóvel em que se transporta, a vontade, de região para região, atendendo aos próprios interesses com inestimável ganho de tempo. 
Assim também, confiando nos ensinamentos do Cristo e praticando-os como se faz necessário, a criatura edificará a sua própria felicidade; entretanto, qual acontece ao foguete, á televisão, á vacina, à escola e ao automóvel, que funcionam, seguindo os princípios em que se baseiam, a fim de oferecerem os frutos preciosos, no auxílio ao homem, a fé nas lições de Jesus só vale se for usada.  

Emmanuel –  Chico Xavier, 
Livro Ceifa de Luz, 53.

Raiou a Luz - Emmanuel

“O povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou.” 
Mateus, 4: 16

'Referindo-se ao início da Sublime Missão de Jesus, o apóstolo Mateus classifica o Mestre como a Grande Luz que começava a brilhar para os que permaneciam estacionados nas trevas e para os que se conservavam na região de sombras da morte.
Essa imagem fornece uma ideia geral da interpretação de planos em todos os centros da vida humana.
Na superfície do mundo desenvolvem-se os que se encontram na sombria noite de ignorância e esforçam-se os espíritos caídos nos resvaladouros do crime, mortos pelos erros cometidos, aspirando o dia sublime da redenção.
Semelhante paisagem, todavia, não abrange tão-somente os círculos das criaturas que se revestem de envoltório material, porque é extensiva à grande quantidade de seres terrestres que militam nos labores do orbe, sem a indumentária dos homens encarnados.
O Mestre, pois, é o Orientador Supremo de todas as almas que permanecem ou transitam no mundo terreno.
Sua Luz Imortal é o tesouro imperecível das criaturas.
Os que aprendem ou resgatam, os que se curam ou que expiam encontram em Seu coração a claridade dos Caminhos Eternos.
A multidão que estaciona nas trevas da ignorância e as fileiras numerosas dos que foram detidos na região da morte pelo próprio erro devem compreender essa Luz que está brilhando aos seus olhos desde vinte séculos.
Antes do Evangelho podia haver grande sombra, mas com o Cristo vibra a claridade resplandecente de novo dia.
Que saibamos compreender a missão dessa Luz, pois sabemos que toda manhã é um novo apelo ao esforço da vida.'

Emmanuel –  Chico Xavier, 
Livro Levantar e Seguir


segunda-feira, 14 de março de 2016

A Luz do Princípio

Vamos, de acordo com proposta de estudo deste blog, analisar Gênesis capítulo 1: 3-5, onde encontramos:

"Disse Deus: haja luz.
E houve luz.
Viu Deus que a luz era boa;
e fez a separação entre luz e as trevas.
E Deus chamou à luz dia, e às trevas noite.
E houve tarde e  manhã, o primeiro dia".


(Gênesis 1:3-5)
Bíblia Sagrada, 
 Tradução João Ferreira de Almeida)


Como já foi dito num post  anteriorEm "Haja luz e houve luz"(Gn 1:3) , podemos refletir e extrair do texto várias reflexões, como nos diz Haroldo, a "luz" pode ser vista como:  
1) a luz de Deus, como a suprema irradiação do Criador que nos atinge e que age dentro e fora de nós, pois Deus está em toda parte; 
2) a luz , também pode ser vista como um alto conteúdo de espiritualidade que nos impulsiona; 
como também,  pode ser vista e deve ser vista e foi vista como 
3) Jesus Cristo, aquele que veio para nos guiar e iluminar, nos oferece o caminho a seguir e nos mostra como devemos caminhar.

Então, com base nas sábias palavras de Simão Pedro, na sua segunda Epístola quando ele diz: "...sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da escritura provém de particular elucidação"(1:20), teremos que analisar com muita calma essa "luz" do primeiro dia. 
Temos que pensar que esta 'luz' que esta presente no primeiro dia não é uma luz física, não pode ser uma 'luz' produzida pelos astros que conhecemos: o Sol e a Lua; pois o Sol e a Lua só foram criados no quarto dia da Criação. Veja o quarto dia (Gn 1: 14-19):

"Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem a separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos.
E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim se fez.
Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas.
E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra, para governarem o dia e a noite e fazerem separações entre a luz e a treva. E viu Deus que isso era bom".
(Gênesis 1:14-19)
Bíblia Sagrada, 
 Tradução João Ferreira de Almeida)

Bem luzeiros são astros, estrelas, coisa que brilha.
Se o Sol e a Lua foram criados no quarto dia da Criação, temos que pensar: Que "LUZ" foi aquela criada no primeiro dia?

Naquele momento, em Gênesis no capítulo 1: 3-5,  só havia "treva"; "Havia treva sobre a face do abismo", e Deus separa luz/dia das trevas/noite no primeiro dia. Aqui não se trata de uma luz física mas sim de uma luz espiritual. 

Devemos nos lembrar, aqui, do Evangelho de João, quando começa dizendo: 


"No Princípio havia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.(1)
Ele estava, no princípio, com Deus.(2)
Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada que foi feito se fez.(3)
A vida estava nele e  a vida era a luz dos homens.(4)
 A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela".(5) 
(João 1:1-5)
Bíblia Sagrada, 

 Tradução João Ferreira de Almeida)


Devemos perceber que quando o povo hebreu ouvia João se reportava imediatamente ao livro de Gênesis que era lido frequentemente; "No Princípio criou Deus..." era estudado todos os anos nas sinagogas, e, em João: "No Princípio era o Verbo...". 

Já vimos, também,  que a expressão "Deus disse" ou "Disse Deus", levou João a dizer que "No princípio era o Verbo", como também levou a tradição judaica a chamar Deus de "aquele que diz e o mundo se fez" ou que o mundo foi criado pela "Palavra de Deus". E João nos diz que "o Verbo estava com Deus", isto significa que a Palavra estava com Deus. 
Então, no princípio Deus não estava só, a Palavra estava com Deus, "Ele (o Verbo) estava no princípio com Deus"(2). "Todas as coisas foram feitas por intermédio dele (do Verbo), e, sem ele(sem o Verbo), nada do que foi feito se fez"(3). E, continua "A vida estava nele (no verbo do princípio)(4) e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevalecem contra ela(5)". Isso significa que as trevas não prevalecem com a presença da luz, as trevas se dissipam no momento em que a luz surge. 

E João continua dizendo em seu Evangelho:


"Houve um homem, enviado por Deus cujo nome era João.(6) 
Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele.(7)
Ele não era a luz, mas veio para que testemunhasse da luz,(8)
a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem.(9)
O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.(10)
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.(11)
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome;(12)
os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.(13)
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.(14)"
(João 1:6-14)
Bíblia Sagrada, 
 Tradução João Ferreira de Almeida)



Continuando a nossa análise, vemos que no versículo 6,  João, o evangelista, fala de João Batista, aquele que veio ao mundo para testemunhar a vinda do Cristo, e no versículo seguinte diz que João veio "testemunhar a respeito da luz". E diz que ele [João] "não era a luz, mas que veio para que testemunhasse  a luz" (8)
Mas, que luz é essa? 
Essa era "a luz verdadeira que veio ao mundo e que ilumina todos os homens"(9). E João volta novamente ao Verbo do princípio, no versículo 10, quando diz: "O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele". Ora se João veio anunciar a vinda do Cristo, o trecho diz que João veio anunciar "a luz". No texto: "João não era a luz", significa que a luz era um ser, esse ser não era João Batista, esse ser era Jesus. Então podemos pensar em Jesus como  "a luz" do princípio.

Em João, versículo 12, fala daqueles que reconheceram Jesus como luz, receberam o poder de serem filhos de Deus. No versículo 14 encontramos "o Verbo se fez carne e habitou entre nós", nasceu, encarnou, se fez carne e morou, habitou, viveu entre nós.

Vemos que quando João escreveu esse texto, capítulo 1: 1-14, o evangelista procurou conectar a luz do princípio, do primeiro dia da Criação do mundo com Jesus. 
Por que ele faz essa conexão?

Esse e o único  trecho do Evangelho em que essa conexão é feita? Não.

João no capítulo 3: 19- 21 diz:
"O julgamento é este: que a luz veio ao mundo , e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras (dos homens) eram más.
Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus". 
(João 1:6-14)
Bíblia Sagrada, 
 Tradução João Ferreira de Almeida)

Ainda no Evangelho de João encontramos: 
"De novo, lhe falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrario, terá a luz da vida."(8:12)



Jesus ainda em João começa a falar da sua morte. Ele diz:


"Chegou o momento de ser julgado este mundo, e o seu príncipe será expulso.
E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo.
Isso dizia, significando de que gênero de morte estava para morrer.
Replicou-lhe, pois, a multidão: Nós temos ouvido da lei que o Cristo permanece para sempre, e como dizes tu ser necessário que o Filho do Homem seja levantado? Quem é esse Filho do Homem?
Respondeu-lhes Jesus: Ainda por um pouco a luz estará convosco. Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; e quem anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes a luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz. Jesus disse essas coisas, e, retirando-se, ocultou-se deles". 
(João 12:31-36)
Bíblia Sagrada, 
 Tradução João Ferreira de Almeida)

Ainda no capítulo 12, versículo 46, Jesus diz:
"Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas".

Temos  outras citações no Novo Testamento. Aqui citaremos também, o Evangelho de Mateus, capítulo 4, nos diz que quando Jesus soube que João Batista havia sido preso, ele (Jesus) resolve sair de Nazaré  e foi morar em Cafarnaum. E, Mateus diz que isso acontece para que se cumprisse o que havia dito o profeta Isaías. "O povo que jazia em treva viu  grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhe a luz". (Mateus 4:16).
Dizendo que o povo de Cafarnaum vivia na escuridão e que a presença de Jesus naquela cidade foi a presença de uma grande luz que surge para tirar o povo da sombra e da treva.
[Emmanuel faz um lindo comentário desse trecho do Evangelho de Mateus, que estará presente no post com os comentários de Emmanuel.]

Na tradução judaica essa questão da 'palavra' ter criado o mundo,  'o Verbo' que no princípio estava com Deus, contida em Gênesis no primeiro dia da Criação,  levou os textos posteriores da Bíblia a colocar 'a palavra' muitas vezes como um Ser. Assim, 'a Palavra' começa a se deslocar de um lugar para outro, a curar pessoas, a conversar com as pessoas. Ela começa a se separar da figura central de Deus. Ela [a palavra] ganha autonomia. Nos textos da Sabedoria e de Provérbios a palavra é personificada, Deus fala com a Palavra, conversa com ela, troca ideia. Em Isaías encontramos também muitos exemplos. 
A partir daí surge o Cristo e os Evangelhos, e então, João nos brinda com o seu Evangelho e com essa linda conexão entre "a luz do princípio", presente no livro de Gênesis e o nosso Cristo planetário.


Leia o texto 'Os Arquitetos Divinos e o Fluido Cósmico'. Clique aqui.
Veja em breve trechos relacionados no Velho Testamento.
Veja em breve trechos relacionados em Emmanuel.
Veja trecho relacionado de Amélia Rodrigues, clique aqui.







domingo, 21 de fevereiro de 2016

Vídeo 17

Como nos diz Pedro na sua Segunda Epístola, (1:20): 
"sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação".
Este vídeo traz uma das interpretação para a palavra "luz" quando aparece na Bíblia, ou mesmo, nos livros espíritas e até mesmo nas obras de diferentes vertentes religiosas.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Esclarecimentos de Emmanuel

No livro Correio Fraterno, Emmanuel no diz que: "Tudo na criação é trabalho e ordem, evolução e obediência".  Vemos em Gênesis de Moisés que tudo tem uma hora certa, tudo tem um dia, existe na criação um espírito de sequência. 
E a evolução faz parte desse processo.

No Livro da Esperança, capítulo 82, intitulado 'Auxílio do Alto', encontramos o comentário:


"A Criação pode ser comparada à imensa propriedade do Criador  que a usufrui com todas as criaturas, em condomínio perfeito, no qual as responsabilidades crescem com a extensão dos conhecimentos e dos bens obtidos. 
Não te digas, dessa forma, sem a obrigação de pensar, estudar, influenciar, programar, agir e fazer. “Ajuda­-te que o Céu te ajudará” — proclama a sabedoria. Isso, no fundo, equivale a dizer que as leis de Deus estão invariavelmente prontas a efetuarem o  máximo em nosso  favor, entretanto, nada conseguirão realizar por nos, se não  dermos de nós pelo menos o mínimo".

Deus mora conosco em "condomínio perfeito", somos vizinhos e Ele distribui responsabilidades, existem coisas que competem a Deus e outras que nos competem. 

Vimos que a  Criação pode ser vista como a criação do mundo físico, mas ela também se refere a criação ao mundo interior dos seres durante o processo evolutivo, o caminhar do Espírito desde a criação até o seu fim - no sentido de finalidade, de ser o reflexo de Deus na Terra, se tornar Espírito Puro, de ser a "imagem e semelhança" de Deus e Haroldo traz para os nossos estudos algumas citações de Emmanuel relacionado a criação e ao desenvolvimento do mundo íntimo.
Haroldo cita o trecho do livro Perdão e Vida, capítulo 7, onde Emmanuel diz: "Cada criatura é uma criação original do criador". Isso significa que cada um de nós é um universo particular de Deus.
No livro Pensamento e Vida, capítulo 30, diz: 
"Herdeiros dEle que somos, raios de Sua Inteligência Infinita e sendo Ele Mesmo o Amor Eterno de Toda a Criação, em tudo e em toda parte, é da legislação por Ele estatuída que cada espírito reflita livremente aquilo que mais ame, transformando-se, aqui e ali, na luz ou na treva, na alegria ou na dor a que empenhe o coração".
O homem reflete sempre,  ele vai escolher se vai refletir o bem ou o mal. Se vai refletir luz ou treva, O que vamos refletir depende dos nossos sentimentos, pensamentos e desejos. Das nossas escolhas.

No livro Chico Xavier pede licença, capítulo 34, intitulado 'Deus e nós', encontramos:
"Em todos os lugares encontraremos a criatura associada ao Criador nas ocorrências da Criação. A Divina Providência e a Humana Cooperação surgem sempre juntas em todas as realizações da vida, isso porque de Deus vem a dádiva e do Homem dimana a aplicação. E já que a Justiça Perfeita nos acompanha e observa em todos os passos da jornada evolutiva a lei da responsabilidade funciona em todos os climas, determinado méritos ou necessidades de toda pessoa em particular e reduzindo todas as teorias de recompensa e punição ao sábio preceito evangélico: "A cada um segundo as suas obras". 



Paulo fala do 'espírito do mundo' em I Coríntios, 2:12: “Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo, mas o espírito que provém de Deus.” Paulo. (I Coríntios, 2:12.) ,  e Gênesis fala que o espírito de Deus pairava sobre a Terra. 
Nós temos um mundo sem forma, vazio, um abismo em nós, uma terra seca, não fértil que precisa ser cultivada; e temos um Deus que é Luz pairando em nosso mundo interior, sobre o nosso abismo íntimo. Pode-se dizer que o somatório de todas as nossas ações em desconformidade com a Vontade Divina é o "espírito do mundo", do nosso mundo íntimo, quando construído a partir do nosso afastamento de Deus. Emmanuel comenta isso quando diz em Vinha de Luz, capítulo 106, intitulado Como cooperas?: 

"O “espírito do mundo” é o acervo de todas as nossas ações delituosas, em séculos de experiências incessantes; o “espírito que provém de Deus” é o constante apelo das Forças do Bem, que nos renovam a oportunidade de progredir cada dia, a fim de descobrirmos a glória eterna a que a Infinita Bondade nos destinou.
Deus é o Pai da Criação.
(...)
Tudo, fundamentalmente, pertence a Ele.
Todo campo de trabalho é do Senhor, todo serviço que se fizer será entregue ao Senhor, mas nem todas as ações que se processam na atividade comum provêm do Senhor.
Coexistem nas oficinas terrestres, quaisquer que sejam, a criação divina e a colaboração humana". 


É o filho que se afasta do Pai, e decide não segui-Lo, não obedecê-Lo, podemos lembrar da parábola do filho pródigo,  aquele que decide se afastar do Pai, para viver outras coisas, permitir que o  'espírito do mundo' tome o comando do seu  mundo íntimo .

Em Caminho, Verdade e Vida, capítulo 150, ele diz: 
"Entrega­-se Deus aos filhos da Criação inteira, reparte com todos os tesouros de seu  amor infinito, estimula­-os a se elevarem, através de mil modos diferentes; entretanto, existem círculos numerosos como  a Terra, em que as criaturas não se apercebem dessas realidades gloriosas e paralisam a marcha, dormindo no leito da ilusão".
"Saibamos buscar o Pensamento Divino, atuante em todas as formas da vida, trabalhando na construção do bem, mesmo que os quadros da luta humana se nos mostrem tisnados pela sombra do mal.
(...)
Em todos os sucessos desagradáveis e em todas as condições adversas da existência, acalma-te e aguarda a intervenção da Infinita Bondade. 
Disse Jesus: "Mas o Pai que está em mim é quem faz as obras". 
O criador está igualmente na Criação. 
Diante do nevoeiro não condenes as trevas. 
Acende a luz do serviço e espera por Deus". 

Acender a Luz é concretizar o projeto de Deus, só assim o Espírito acende a luz e se transforma em reflexo de Deus onde estiver.

No livro Luz no Caminho, Emmanuel diz:
"Recebemos o ministério da luz espiritual e não podemos esquecer que, se milhões de irmãos nossos podem recorrer à palavra "direito" nos círculos do mundo, a nós todos cabe com Jesus o "dever", simplesmente o dever de servir em seu nome sem exigências. 
(...)
A obra da Criação Terrestre foi edificada, mas ainda não terminou.
(...)
nós outros, contudo, fomos conduzidos ao santuário para a preservação da Luz Divina.
Mantenhamos, desta forma, novas lâmpadas acesas e acima de perquirição coloquemos a consciência.
(...) 
Fixai a mente nos Círculos Sublimes onde se localizam as fontes que vos suprem de energia.
E, irmanados uns aos outros, no mesmo labor santificante, marcharemos para a frente, identificados n'Aquele que ainda e sempre repete para nossos ouvidos frágeis: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim".". 

Concluindo, devemos pensar no primeiro dia da criação descrito no livro Gênesis de Moisés como um binômio: a criação do mundo exterior, mundo físico; e a criação do mundo interior, mundo íntimo das criaturas. 
Buscar observar em Gênesis os símbolos que nos dão a chave para entendermos muitas palavras e muitos termos que estão escritos no Novo Testamento é fundamental para o estudo da Bíblia. 
Tudo o que diz respeito ao mundo exterior se desgasta e acaba um dia. Só o que permanece é o espiritual, o nosso mundo interior, que vai se modificando e sendo aprimorado, ganhando complexidade à medida que avança no processo evolutivo. É importante ao estudarmos o livro de Gênesis olharmos o que é perene. O mundo exterior é palco, lugar. O mundo interior é a causa
É preciso ter essa visão para que não transformemos o texto de Gênesis apenas em uma descrição de elementos externos, não apenas vermos o mundo material, pois assim perderemos muitas partes relevantes durante o estudo do Evangelho. Muitos símbolos cristão do Evangelho não serão entendidos, inclusive quando se fala em Jesus como 'a luz do mundo', como 'o novo homem', 'a nova criatura', 'o novo adão'; quando se fala da 'nova criação', de uma 'nova humanidade'; se não olharmos para Gênesis com esse olhar vamos perder muitos elementos, que são importantes, bonitos e fundamentais,  pois tudo que diz respeito a forma se perde, só permanece a essência espiritual. No texto de Gênesis é importante voltar o olhar ao que é fundamental, para a criação do mundo íntimo dos Espíritos criados 'simples e ignorante' como nos diz a questão 115, de "O Livro dos Espíritos". 




terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

A Criação e o Novo Homem

Temos visto em nossos estudos que o livro Gênesis de Moisés é o "começo dos começos", e que Jesus é e o princípio e o fim, "o alfa e o ômega" como nos diz Paulo. 
Devemos, desse modo, ler e estudar o livro Gênesis com muito cuidado, para   percebermos  que ele aponta não só para um mundo físico, mas também para os inícios do mundo íntimo do espírito imortal, o princípio dos elementos mais essenciais do ser, das estruturas mais profundas  da nossa evolução que irão se expressar no decorrer da evolução. Por isso, o texto precisa evocar também, a criação de uma "terra interior", de um "céu interior", de um "mundo íntimo" que todos nos possuímos. E, para isso, ele precisa evocar uma molde, um modelo, e , o Cristo é o modelo. O Cristo atrai as consciências porque Ele é um molde. 
Cristo é o "novo adão", o homem em sua dimensão espiritual.
Gênesis diz que Deus criou tudo, e nos mostra quando descreve os dias da criação que excetuando Deus tudo é criação.

"No princípio criou Deus céus e terra."(Gn 1:1) 'Céus e terra', segundo Haroldo, representa uma expressão idiomática que significa "tudo"
Já em "O Livro dos Espíritos" na Questão 1, temos a pergunta:  "Que é Deus?" E, a resposta dos Espíritos é: "A inteligência suprema, causa primária de todas as coisas". Vemos que há uma grande ligação entre os dois textos. 

"A terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o abismo, e um vento de Deus pairava sobre as águas." (Gn 1:2)
(Bíblia de Jerusalém)

O abismo está presente nos antigos os mitos daquela época, principalmente da suméria, e representam "o vazio" e "as trevas". Então no texto de Gênesis vemos: "A terra porém estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus pairava sobre as águas".
(Bíblia – João Ferreira de Almeida)


Quando Deus cria o homem, no auge do processo de criação, diz que ele foi criado a "imagem e semelhança" de Deus. Significa que o homem traz no seu 'mundo íntimo todos os recursos para expressar a glória de Deus sobre a Terra, e ao expressar essa glória, desenvolvendo e manifestando esses potenciais ele cumpre a missão que lhe é dada, de governar, dominar sobre toda a criação, sendo co-regente, co-criador'.  
Isso significa que o homem é o único ser criado com o potencial de "preencher a Terra com a glória de Deus".
Os primeiros homens (adão) não cumpriram esta missão. Esta é a principal reflexão de Gênesis. Só Jesus conseguiu cumprir essa missão integralmente na Terra.
O Grande Projeto da Criação é a criação de  comunidades de seres que reflita o Cristo que reflete Deus. E essas comunidades devem se  multiplicar, com o surgimento de criaturas que sigam o Cristo  integralmente e que sejam o reflexo de Deus na Terra, servindo como exemplo para outras que também O reflitam, criando assim uma comunidade de seres que serão "a imagem e semelhança de Deus na Terra". Surgirão desse modo "novos seres", é o início de uma "nova criação" e o surgimento de uma "Nova Humanidade" como nos diz Paulo em seu Evangelho.
Esse "Novo Homem" reconfigurará a Terra. Daí os relatos de Apocalipse e de outros livros da Bíblia quando falam em "uma Nova Criação",  que surgirá em consequência da presença desse 'Novo Homem' na Terra, que é membro desse 'Novo Corpo', viverão no planeta homens que refletem o Cristo que reflete Deus. Assim, o cristão genuíno é uma parte do Cristo, é o "corpo do Cristo". 
"Assim é que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: 
as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." 
Paulo (II coríntios, 5: 17)
(Bíblia de Jerusalém)

Quando em Gênesis vemos a palavra "frutificai", pensemos:
O que é a árvore antes de dar o fruto? Um projeto apenas. Haroldo diz, "o que é uma laranjeira antes de dar laranjas?" O fruto é o ápice da criação. Jesus é o fruto, o único ser que conseguiu ser, na Terra, o reflexo de Deus, que cumpriu integralmente a sua missão. Por isso, é "o modelo e guia"; 'modelo' porque é o molde; 'guia' pois o processo é direcionado, para chegarmos no fruto temos que seguir uma direção: semente, broto, árvore e culmina no fruto. 
É o processo evolutivo que temos que percorrer, Deus aguarda a nossa evolução, aguarda até que possamos ser O seu reflexo na Terra, e para isso, Jesus é o caminho. 
Emmanuel nos diz no livro Pensamento e Vida, capítulo 30, denominado Amor: 
"Plasma Divino com que Deus envolve tudo que é criado, o amor é o hálito dEle mesmo, penetrando o Universo. Vemo-lo,  assim, silenciosa esperança do Céu aguardando a evolução de todos os princípios e respeitando a decisão de todas as consciências. Mercê de semelhante benção, cada ser é acalentado no degrau da vida em que se encontra. (...) No espaço de uma penitenciária respira, com a mesma segurança, o criminoso... e o correto administrador...  
Emmanuel 
Pensamento e Vida 
Cap. 30-Amor

Em O Livro dos Espíritos, questão 625, Kardec pergunta: "Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de  guia e o modelo?"  A resposta dos Espíritos superiores; "Jesus". E, Kardec, comenta que "Para o homem, Jesus constitui o tipo de perfeição moral que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo ofereceu como o mais perfeito modelo a e doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque sendo ele o mais puro de quantos tem aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava".

Quando lemos em Gênesis: "A terra era sem forma e vazia". Que terra? A Terra exterior ou a terra interior? A Terra exterior é "palco evolutivo", pensemos que a cada segundo surgem novos mundos no Universo, novos planetas são formados. No mundo das formas, isso é perpétuo. Esses mundos são criados para servir de local onde os Espíritos possam evoluir, são como viveiros. Agora, pensemos, também no aspecto espiritual, o Espírito também nasce  "simples e ignorante", isto é,  simplessem forma, sem complexidade - complexidade no sentido de tempo evolutivo; e também vazio,  ignorante - ignorante no sentido que ele vai assimilando recursos da providência para despertar os potenciais  divinos que nele habitam. A medida que vai galgando no processo evolutivo, vai assimilando as potencialidades para 'o despertar', ganhando complexidade estrutural. Complexidade: na forma estrutural e no conteúdo. O conteúdo que é semente nos Espíritos em faixas mais baixas da evolução,  com o tempo se tornarão árvores frondosas tornando-os  Espíritos Superiores. Desse modo, o que era potencial se concretiza. 

Emmanuel continua,  no livro Pensamento e Vida, capítulo 30, denominado Amor: 

"O amor é o reflexo de Deus, Nosso Pai, que se compadece de todos e que a ninguém violenta, embora, em razão do mesmo amor infinito com que nos ama, determine estejamos sempre sobre a lei da responsabilidade quase manifesta para cada consciência, de acordo com suas próprias obras. E, amando-nos permite o Senhor perlustramos sem prazo o caminho de ascensão para Ele, concedendo-nos, quando impensadamente nos consagramos ao mal, a própria eternidade para reconciliar-se com o Bem, que é Sua Regra Imutável."
Emmanuel 
Pensamento e Vida 
Cap. 30-Amor

  Em seguida, no texto de Gênesis, encontramos:  "Deus pairava sobre as águas" (Gn 1:2) pode-se interpretar também que Ele estava espiritualizando, atraindo para si os seres, agindo no nosso mundo íntimo. Ele sopra sobre as águas, a água expressa a vida para os hebreus. 

Emmanuel diz que cada um de nós possui "um lugar íntimo onde Deus age". Pensemos que Deus está pairando sobre o nosso abismo, sobre a nossa terra interior, que é 'sem forma e vazia' e ele diz: 'Haja luz'. Ele está trabalhando o nosso mundo íntimo, nos iluminando, nos esperando, até que tenhamos condição de servir-Lo e de sermos Seu reflexo aqui na Terra como foi Jesus. E, para que isso aconteça  Jesus é o único 'guia e modelo' que temos para seguir. 

Em "Haja luz e houve luz"(Gn 1:3) , podemos refletir e extrair do texto várias reflexões, nos diz Haroldo:  

  1. a luz de Deus, como a suprema irradiação do Criador que nos atinge e que age dentro e fora de nós, pois Deus está em toda parte; 
  2. a luz , também pode ser vista como um alto conteúdo de espiritualidade que nos impulsiona. 
  3. E, também, pode ser vista e deve ser vista e foi vista como Jesus Cristo, aquele que veio para nos guiar e iluminar. A luz de Deus para o nosso mundo íntimo é Jesus. Se o propósito de Deus é o nosso supremo aperfeiçoamento, o que Deus nos enviaria? Um livro? Não, ele nos enviou o seu Filho. 
"Deus mandou a Terra alguém que expressa tudo o que Ele quer nos dizer. O que Deus quer nos dizer? Jesus. Jesus é o que Deus tem a nos dizer" fala Haroldo no estudo. 

"E disse Deus... 

No Evangelho de João, encontramos:
 "Diz-lhe Jesus: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim. Se me conheceis, também conhecereis a meu Pai. Desde agora o conheceis e o vistes". Filipe lhe diz: "Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta!" Diz-lhe Jesus: "Há tanto tempo estou convosco e tu não me conheces, Filipe? Quem me vê, vê o Pai. Como podes dizer: 'Mostra-nos o Pai!'? Não crês que estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que vos digo, não as digo por mim mesmo, mas o Pai, que permanece em mim, realiza suas obras. Crede-me: eu estou no Pai e o Pai em mim. Crede-o, ao menos, por causa dessas obras. Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê em mim fará as obras que faço e fará até maiores do que elas, porque vou para o Pai. E o que pedirdes em meu nome, eu o farei a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. "
(Jo 14: 6-14)
(Bíblia de Jerusalém)


A luz de Deus para o nosso mundo íntimo é Jesus Cristo. Jesus é o que Deus tem a nos dizer. Ele é o "alfa e o ômega, o princípio e o fim",  é aquele que estava no início da Criação, a luz de Deus manifestando-se em nós; e o fim, como sendo o nosso alvo, o caminho para que alcancemos a nossa missão. Jesus está no início, no meio e no fim. 

"Herdeiros dEle que somos, raios de Sua Inteligência Infinita e sendo Ele Mesmo o Amor Eterno de Toda a Criação, em tudo e em toda parte, é da legislação por Ele estatuída que cada espírito reflita livremente aquilo que mais ame, transformando-se aqui e ali, na luz ou na treva, na alegria ou na dor a que empenhe o coração. Eis por que Jesus, o Modelo Divino, enviado por Ele á Terra para clarearmos a senda, em cada passo de seu Ministério tomou o amor ao Pai por inspiração de toda a vida, amando sem a preocupação de ser amado e auxiliando sem qualquer ideia de recompensa. Descendo á esfera dos homens por amor, humilhando-se por amor, ajudando e sofrendo por amor, passa no mundo de sentimento erguido ao Pai Excelso, refletindo-lhe a vontade sábia e misericordiosa. E, para que a vida e o pensamento de todos nós lhe retratem as pegadas de luz, legou-nos, em nome de Deus, a sua formula inesquecível: - "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".".
Emmanuel 
Pensamento e Vida 
Cap. 30-Amor
O ser criado por Deus irá escolher, dia ou noite, luz ou treva, é o livre arbítrio que já estava presente nos primeiros homens, em adão. 
O homem que é o cume da criação, começa a escolher, a discernir. 
Em Gênesis, temos: "Deus viu que a luz era boa, e Deus separou a luz e as trevas. Deus chamou à luz "dia" e às trevas "noite". Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia". (Gn 1:4-5).